
Ultimamente eu só consigo desenhar retas. Atravesso a noite desenhando retas. Tento perder o controle. Quero que a minha mão procure o acaso, a espontaneidade. Miles Davis. Polock. Garrincha. Nada adianta. Só linhas retas.

Penso em curvas sensuais. Me concentro e ataco a folha em branco, mas aí minha mão quer sempre chegar ao outro lado do papel o mais rápido possível.
Um comentário:
esse poderia ser o teto do meu quarto.
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